Só de ouvir a palavra inveja já dá frio na barriga. Medo e vergonha são outros dois sentimentos que aparecem junto com ela e achar que somos invejados, mas nunca invejamos pode ser um erro grave! A inveja no ambiente de trabalho pode ser um elefante gigante no meio da sala.
“Não vou trabalhar com ela, tenho muito mais conhecimento, sou mais velha… Me recuso a responder para uma menina que sabe menos do que eu!”
No meu primeiro emprego em uma agência de publicidade, passei por uma situação desse tipo. Fui promovida à diretora de grupo de contas. Mas o que eu não esperava era que uma das profissionais que já trabalhava há mais tempo lá ficasse inconformada. Ela ficou realmente muito irritada com a minha promoção. Pronto, instaurado o conflito! A pessoa em questão chegou a tirar satisfação com a vice-presidência, foi um mega clima na agência.
Por que ela e não eu?
Esta é a primeira pergunta que você se faz quando você está sentindo inveja! Ela acontece quando você deseja algo que é do outro, exatamente como aconteceu comigo no meu primeiro emprego. Você gostaria de ser promovido e, de repente, outro profissional ocupa o lugar que você almejava. É péssimo aceitar, mas, inconscientemente, o sentimento de inveja acaba aparecendo e é normal.
Voltando ao fato ocorrido, naquele momento fui promovida com apenas 24 anos. Eu tinha plena consciência de que eu não era tecnicamente a melhor profissional, mas eu sabia que as minhas habilidades de liderança, de flexibilidade e a humildade em querer aprender eram mais importantes do que conhecimento técnico do outro profissional, que acompanhava um comportamento sisudo, autoritário e dono da verdade.
Você descobriu que o fulano que acabou de entrar na empresa ganha mais do que ciclano?
Este é outro exemplo de inveja: quando cobiçamos mais uma vez algo que é do outro! Quando você percebe que está sendo vítima de inveja no ambiente de trabalho pode ser extremamente desconfortável.
Ufa, felizmente nunca aconteceu uma situação dessa comigo! Mas já fiquei sabendo de situações nas quais a inveja no ambiente de trabalho e as fofocas relacionadas a salário vieram do “melhor amigo” no ambiente do trabalho.
Inveja é quando alguém se aproxima de você, te elogia, mostra-se ser seu amigo, pede informações, sonda sua vida pessoal, questiona sobre salários, resultados e, quando você menos espera, está falando pelas costas, contando vantagem, divulgando seus segredos e distorcendo fatos.
Cargos e salários de executivos são assuntos muito delicados e, independente de concordarmos ou discordarmos, a realidade é como ela é e não como gostaríamos que fosse! Se fulano ganha mais, provavelmente ele tem alguma competência que é só dele e que o faz diferente de todos os outros e merecedor daquela remuneração!
Minha recomendação é que, quando você estiver desenhando suas metas de carreira, tenha clareza de seus objetivos. Se você tem um desejo de um novo cargo ou de um reajuste salarial, coloque no papel e converse diretamente com o seu chefe, exponha seus interesses e deixe claro as suas intenções.
Não deseje o que é do outro, não cobice o salário alheio e seja honesto consigo mesmo. Caso você não esteja satisfeito, seja com o seu salário, com o ambiente ou com o seu cargo, você deve ser o primeiro a olhar para novas oportunidades.
Antes de falar do outro, olhe para o seu próprio plano. Provavelmente o “fulano” fez isso e por este motivo ele está onde está, com o salário que recebe!
Mas, o que fazer se você estiver na situação de estar sendo invejado?
Como manter um clima saudável e tocar a vida com tanta energia negativa ao seu redor? Alguns dizem que ignorar e afastar-se daquele que está te invejando pode ser a melhor solução, mas até que ponto isso pode ser a saída para a situação?
O que eu te recomendaria sem dúvida é que você ofereça feedback ao invés de fofoca!
Se algum dia você sentir que está sendo vítima ou que você está sentindo inveja no ambiente de trabalho, o primeiro passo é observar seus pensamentos e suas atitudes. O que fazer para livrar-se desse sentimento, seja ele seu ou vindo de outras pessoas?
Estimule uma relação clara e transparente. Chame-o para conversar – ao menos é o que eu faria porque eu gosto das relações verdadeiras. Explique a situação, descreva o ocorrido, tente deixar a emoção de lado, cite apenas o que aconteceu para que vocês possam analisar a cena sem a emoção. Evite aumentar a fofoca, ofereça feedback, esclareça e siga em frente.
As relações alimentadas pelo sentimento de inveja no ambiente de trabalho não acabam por aí!
Quem é que nunca pensou, sentiu ou viveu a situação a seguir:
“Eu adoraria ter a relação próxima que o meu chefe tem com o outro gerente, nunca sou chamado para almoçar, ai que inveja!”
Chefe também é um ser humano como outro qualquer e tem suas preferências, gostos, dias bons e ruins. Empatia e afinidade são permitidas em qualquer lugar. Mas o que não pode acontecer é misturar conflitos de interesse com a noção de que alguém está sendo privilegiado.
Usando o meu caso como exemplo. Sou mãe, amo esportes e, lógico, muitas vezes converso mais com outras mães sobre filhos ou sobre treinos do que sobre a balada do final de semana. Falo sobre tudo, mas é óbvio que me identifico mais com algumas “dores e desafios” parecidos com os meus! Maturidade é compreendermos que é normal termos mais afinidade por uma pessoa do que por outra.
Mesmo que você sinta inveja no ambiente de trabalho, em uma situação parecida com essa, e acha que está sendo deixado de lado, quero te dizer: fique tranquilo! O bom profissional vai sempre preferir manter em sua equipe um ótimo funcionário, que tenha alta performance e que seja comprometido com resultados, do que o seu melhor amigo com baixa performance. Caso isso não aconteça, pode desconfiar do chefe!
Observe a si mesmo pois este é mais um sentimento muito comum nas empresas, inveja da relação do seu chefe com outro profissional.
Como manter o foco nessas situações de inveja no ambiente de trabalho?
Vivenciar emoções de inveja no ambiente de trabalho pode ser mais comuns do que imaginamos. O importante é mantermos sempre o foco e seguirmos em frente. Se você for o invejoso, observe e mude. Suas emoções geram pensamentos e reações. Você é capaz de controlá-las diariamente. Observação e vigilância são os seus melhores amigos.
Se você for o invejado, não se vitimize, não faça drama. Encare a situação como uma oportunidade para você se colocar como a pessoa mais importante. Seja o primeiro da lista e continue se profissionalizando, com foco nas suas entregas e suas necessidades de crescimento. Por exemplo: se, para obter um cargo melhor, você precisa falar inglês, foque em fazer aulas do idioma.
E para ajudar a quebrar o clima chato no ambiente de trabalho causado por alguns invejosos de plantão, transforme-se em um líder servidor. Seja um profissional exemplar, que busca o bem coletivo; alimente ambientes harmoniosos, evite o julgamento e olhe além das aparências.
Ser líder é buscar a cada dia ser a melhor pessoa que você pode ser e não ser melhor que o outro. A competição será sempre entre você e você mesmo! Quando você entender esse segredo, como certeza você fugirá da inveja no ambiente de trabalho!
Lidar com o sentimento de inveja e quebrar o clima causado levará algum tempo.
Escrever este texto não foi muito fácil. Falar sobre inveja no ambiente de trabalho é delicado, pode haver controvérsias e me fez relembrar alguns fatos que estavam adormecidos. Talvez seja uma oportunidade para você também encarar de frente esse problema e olhar para essas sombras, afinal, elas estão lá, mesmo que a gente queira colocá-las embaixo do tapete.
Como ser diferente de todos os outros?
Seja generoso, não pertença a grupinhos. Lógico que no trabalho existem aqueles com quem nos identificamos mais, temos mais afinidade. Podemos ter nossas preferências, mas não podemos excluir grupos de pessoas. Evite falar mal e criar grupos competitivos excludentes.
Cuide de si próprio, faça o bem, reze, proteja-se, tome um bom banho de sal grosso, visualize-se dentro de um tubo de luz, faça preces, peça aos anjos, arcanjos, mestres, deus, enfim… Cuide da sua energia, vibre e peça o bem. Na dúvida, siga sempre a regrinha de ouro que todos aprendemos ainda crianças: “não faça com os outros aquilo que você não quer que seja feito com você!”.
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