O quanto você delega o seu poder à sua Chanel, ao seu último iPhone, ao carro do ano, ao apartamento tipo cobertura, à casa na praia e acaba esquecendo que, antes de tudo isso, existe alguém que deveria ter a postura adequada para assumir o seu real poder?
Como podemos definir a palavra poder? Será que o buscamos pela aceitação social ou para sermos livres e responsáveis por nossas escolhas?
O sistema está falido e o conceito de poder também! Precisamos desconstruir crenças, hábitos e atitudes para construirmos um futuro colaborativo e empático onde valorizemos não apenas a Chanel, mas também a dona dela.
O poder social x o poder pessoal
Assista ao vídeo e descubra 3 formas de exercitar o seu poder pessoal hoje!
Por muitos anos, acreditamos que o poder social nos traria realização, satisfação, sucesso e autoridade em nossa família e no mercado de trabalho.
O poder social pode ser sua posição na sociedade, seu atual cargo, seu conhecimento ou seus bens materiais.
O poder social nos gera uma falsa sensação de poder, pois vem com a habilidade de impor a sua vontade e verdade sobre os outros, mesmo que estes resistam de alguma maneira.
Vou citar como exemplo um presidente de uma empresa. Ele é autoritário, grita com seus funcionários, veste-se com as melhores marcas, vive em rodas da alta sociedade e acredita que é um líder exemplar.
De repente, este presidente perdeu o emprego pois, em uma pesquisa de satisfação com os funcionários, descobriu-se que 50% da equipe não o respeitava e os outros 50% morriam de medo do seu autoritarismo.
Existia um falso poder: provavelmente este presidente entrará em estado de choque, tristeza e depressão até se reencontrar em uma nova posição. O que faltou neste presidente foi evidenciar o seu poder pessoal.
Evidenciar o poder pessoal não é fácil, pois traz à tona nossas características humanas e nos faz agir sem a “armadura” do ego.
Apenas imagem e conteúdo não são suficientes para engajar e trazer sua equipe para perto!
Estamos em um novo momento de evolução e a busca não é apenas pela Chanel, mas, sim, pela a dona dela!
O novo movimento: from ego to eco
Em minha viagem a Butão, em uma de suas aulas, Satish Kumar falou deste movimento. Estamos saindo da geração do ego para entrarmos na geração do eco.
O ego está relacionado ao poder, por ser egoísta, exclusivista, buscar satisfação pessoal, individualidade, separação e isolamento.
Eco é uma palavra grega, que significa home (casa). Estamos no momento em que precisamos nos sentir em casa, nos sentir bem conosco, nos conhecer e nos aceitar para depois conseguirmos liderar e impactar o outro.
“Be at home with your body”, diz Satish. Sinta-se em casa com o seu corpo! Aceite-se como ser humano, com a forma você veio trazer sua missão. Este é o primeiro passo para que você assuma o seu poder pessoal.
Quando estamos em casa, nós compartilhamos, dividimos, somos flexíveis, queremos o bem coletivo!
Satish ainda diz: “From me to we”. O movimento do eu para o nós. Como podemos entender que a grande satisfação está não em satisfazermos nossos desejos individuais, mas em impactar o outro.
O poder pessoal é o que realmente nos diferencia. Assumir nossas habilidades, talentos, paixões e vulnerabilidades nos aproximará de outros indivíduos.
Foi-se a época em que sinônimo de poder era ter, alimentando o ego, comprando a Chanel, abastecendo o poder social.
Hoje, nossa maior fortaleza é assumir o poder pessoal, sermos valorizados por aquilo de melhor que temos e o que podemos contribuir não apenas para crescermos individualmente, mas para impactar o nosso entorno.
Qual o poder que você busca?
Ele seria a liberdade de assumir suas próprias escolhas ou a possibilidade que o aprisiona quando você tenta criar um estereótipo que “talvez” seja desejado pela sociedade, pelo país, pela comunidade.
Você busca ter poder e adquirir bens materiais, acumular, somar ou ser um agente transformador, com clareza do seu impacto? Por que é tão difícil para nós assumirmos o nosso poder pessoal?
Existem 3 grandes obstáculos e atitudes que nos impedem de assumirmos nosso poder pessoal:
Competição – vivemos competindo, querendo ser melhores do que os outros, ter um carro melhor do que o do vizinho, chegar em primeiro na corrida para vencer o adversário, ser promovido antes que o meu colega… Enfim, vivemos competindo com os outros.
Comparação – estamos o tempo todo fazendo comparações. Fulano trabalha menos do que eu e ganha mais, ciclano vive de férias, a família do outro não tem tantos problemas como a minha, o chefe dele é mais legal do que o meu… A comparação vive todos os dias em nossa mente.
Reclamação – por que o país está na situação que está? Por que meu amigo foi demitido? Por que não ganho mais? Por que não consigo mudar de emprego? Por que não tive reajuste salarial? Por que tem trânsito, choveu, fez sol, enfim… Milhares de reclamações nos colocam no papel de vítima.
O antídoto para estes obstáculos é a presença
Em seu livro Presence, Amy Cuddy diz: “If you do not trust yourself, how can others trust you?” ou “Se você não acredita em si mesmo, quem acreditará?”, em tradução livre.
Quando você consegue passar a ser observador da própria história e viver no momento presente com a consciência em si próprio, nos seus valores e preocupado em crescer e evoluir para a sua própria satisfação, você deixa de lado aquilo que não consegue controlar.
Presença é assumir o seu poder pessoal, assumindo a sua história, fazendo as conexões entre o passado, presente e futuro de forma coerente, para que você acredite em si próprio e saiba expressar quem você é de forma autêntica.
Presença é você fugir dos obstáculos, da competitividade, da competição e da reclamação e passar a agir com o foco em si próprio.
Qual o primeiro passo para esta mudança?
Saia da competição e passe a viver em colaboração. Saia da comparação e passe a viver com auto-responsabilidade. Saia da reclamação e passe a agir.
Faça o seguinte exercício e me conte aqui embaixo nos comentários o resultado: observe o seu olhar! Ele traz julgamentos.
Observe o seu olhar e tente não julgar: belo, feio, colorido, preto e branco, bonita, arrumada, bem vestida, fora da moda. Olhe e observe, repeite e não julgue. Seu poder pessoal não compara, não compete e não reclama.
Dica: Antes de olhar a Chanel, olhe a dona dela e a valorize pela suas escolhas!
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Ligia Costa