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Do ego ao eco: a consciência de si como motor de mudança

Do ego ao eco a consciência de si como motor de mudança

Falar sobre o meio ambiente torna-se cada vez mais frequente e muita gente está começando a pensar nesse assunto como repetitivo e batido. Mas isso não o faz menos importante. Por muito tempo o fluxo das nossas vidas era sempre regido pelo egoísmo; o ego de nos considerarmos superiores ao resto dos seres vivos. Hoje, cada vez mais pessoas acreditam que fazer o caminho inverso e ir do ego ao eco seja um dos principais motores de mudança.

“Mas, Ligia, o que é esse eco e esse ego que você está falando? Nunca nem ouvi falar nisso!”. Eu imagino que as palavras não sejam tão familiares assim para a grande maioria das pessoas, mas por saber a importância do seu poder de transformação decidi escrever sobre esse novo fluxo de funcionamento das coisas.

Do ego ao eco: o que é esse movimento?

Em minha viagem para Butão tive a oportunidade de imergir quase que completamente em um universo espiritual muito forte por alguns dias. Além de todo o aprendizado que trouxe por ter entrado em contato com uma cultura tão diferente da nossa, pude entrar em contato direto com os ensinamentos do mestre Satish Kumar.

Ele é um dos maiores e mais conceituados propagadores do movimento do ego ao eco e foi graças às suas palestras que abracei o conceito com mais força nos últimos meses. Para Satish, o ego é o antropocentrismo. É pensar que o homem é o centro de tudo e enxergar em todo o restante apenas uma subserviência forçada à raça humana.

O ego é o que nos trouxe até o momento atual. Nele, a natureza está cada vez mais desgastada graças às ações nocivas da humanidade. E a própria humanidade se mostra cada vez mais maltratada pelas consequências de escolhas das gerações anteriores e atuais.

A consciência de si mesmo e da importância de cada pequena coisa no mundo é o eco. Entender que tudo tem alma e que não somente a raça humana, mas todo o planeta, é essencial para a manutenção do equilíbrio terrestre.

Por que é importante colocá-lo em prática em nossas vidas?

Falar sobre natureza, meditação, espiritualidade e conexão entre todos os seres vivos ainda deixa muita gente cética. Você mesmo que está lendo este texto agora pode estar pensando que não passa de um monte de “bobagem namastê” e que a vida como é está bem.

Por isso, vou dar um exemplo mais prático para que você reflita. Qual foi o preço que você teve que pagar para ter a vida que tem hoje? Quantas horas de trabalho extra, noites sem dormir e finais de semana longe de quem ama foram sacrificados em nome da “vida perfeita”?

E o que significa “vida perfeita” para você no momento? Estabilidade financeira? Aquela tão aguardada promoção na empresa? Comprar o novo iPhone X? E aposto que você já perdeu as contas dos dias em que se viu cansado demais para pensar em qualquer coisa que não fosse comer e dormir.

Eu mesma já vivi muitos desses momentos, especialmente quando ainda estava vivendo intensamente e de perto o universo corporativo. Percebe que tudo isso o que eu listei está muito ligado a bens materiais?

É claro que o dinheiro é uma parte importante de nossas vidas, mas enxergá-lo como a principal prioridade é um dos grandes males de viver no fluxo do eco ao ego. O foco é sempre o individual, não mais o coletivo. “Não é problema meu” é uma frase que acredito que resuma muito bem o estado em que nos encontramos hoje enquanto humanidade.

Mas o ponto é estamos ficando sem tempo para pensar e reajustar aquilo que é importante para nós. Se pensar na natureza ainda é um pouco distante, imagine a sua vida, sua saúde e daqueles a quem ama.

No ritmo que todos se submetem a viver hoje, sem questionar, o adoecimento (físico e emocional) dos seres humanos e do planeta está se tornando um caminho sem volta. E como mudar isso? Aplicando diariamente o fluxo do ego ao eco em nossas vidas.

Como inverter o fluxo, desacelerar e expandir a consciência de si mesmo?

Fazer a conversão do ego para o eco não é uma tarefa simples e tampouco pode ser realizada de apenas uma tacada. Desde que voltei da viagem, a desconstrução tornou-se diária.

Eu ainda preciso acordar e trabalhar todos os dias. Tenho tarefas burocráticas para resolver e problemas de todas as ordens com os quais preciso lidar. Mas os ensinamentos de Satish me ajudaram a enxergar tudo isso de uma nova perspectiva.

Desenvolvo todos os dias a minha consciência de mim mesma. E busco rever sempre o que é importante para mim e  valorizar isso. Ao invés de fazer da pressa e do trabalho as coisas mais presentes na minha vida, busco colocar minha família, minha saúde e minha felicidade em primeiro lugar.

Trabalhar para ter o sustento de cada dia ainda toma uma parcela considerável dos nossos dias. Mas isso não significa que você não possa começar a aplicar esse novo fluxo do ego ao eco em coisas menores da sua rotina.

1) Alimentação

Nossa relação com os alimentos, por exemplo, tornou-se cada vez mais artificial e nociva por comermos muitos industrializados. Por que não optar por fazer refeições mais saudáveis, com ingredientes naturais, que não saíram de uma embalagem? Comer bem melhora a nossa saúde. E nos torna mais conscientes da nossa interdependência dos outros seres vivos do planeta, inclusive frutas e legumes.

2) Falhas

Evitar fazer as coisas como se o fracasso fosse ser o fim da sua vida é outra forma de desacelerar. O erro e as falhas servem como aprendizados. Por isso, aprender a abraçá-los nos ajuda a levar a vida com mais leveza.

Estar mais consciente de si mesmo, do que sente, do que gosta, dos seus limites… Tudo isso funciona para despertar a sua consciência sobre si mesmo. Além de ajudar a seguir o fluxo do ego ao eco com mais naturalidade e sem estranhamentos.

Por que não conta para mim tudo o que você não gosta nesse estilo de vida ego? Liste nos comentários e podemos encontrar juntos o melhor caminho para a sua conversão para o eco!


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Ligia Costa

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