O trabalho de 8 a 12 horas na empresa por dia sempre foi a norma. Quem completava 20 anos de carreira ganhava uma joia ou uma caneta Mont Blanc pelos seus anos de dedicação.
Quem viveu essas situações sabe que não é mais assim. Temos acompanhado os millennials, virando as empresas e os RHs de cabeça para baixo, mudando estas estatísticas de um longas carreiras por períodos rápidos de experiência e pouca retenção em empresas em que eles não se identificam com o propósito.
Em complemento às rápidas passagens nas empresas, vemos também um novo tipo de profissional. Aquele que trabalha por projetos, com autonomia, onde e quando quiser. Recebe por tarefa e trabalha em mais de um projeto ao mesmo tempo. Bem vindo a era do Trabalho.
De acordo com estudos da Mckinsey, 30% da força de trabalho americana trabalha na Gig Economy e 15% já trabalha em plataformas digitais. As plataformas criaram mesmo uma nova forma de trabalhar.
São plataformas que comercializam serviços profissionais. Algumas como Upwork, Elance, TaskRabbit, Uber e aqui no Brasil, Workana, Crowd, entre outras.
O desmembramento dos empregos em pequenas tarefas possibilita empacotar e comercializar o trabalho em plataformas. Isso já é possível e já tem adeptos que optam por este tipo de emprego. Ele permite mais flexibilidade, autonomia e passa longe de carreiras tradicionais em empresas.
Benefícios das plataformas de trabalho profissionais
O estudo The New Labour Economics of Platforms, do ITTF, traz perspectivas interessantes sobre as plataformas digitais. Por um lado elas trazem benefícios. Por outro, trazem ainda desafios que precisam ser discutidos para que o profissional não seja prejudicado e comoditizado.
1) Acesso e criação de emprego
As plataformas permitem mais acesso a oportunidades de trabalho de uma forma mais rápida e portanto ajudam na recolocação mais rápida do funcionário.
2) Complemento de renda
Enquanto não encontra emprego, o profissional pode trabalhar em projetos e conseguir uma renda extra.
3) Horas flexíveis
Em 2005, 82% dos profissionais da Gig Economy disseram que preferiam trabalhar neste tipo de contrato a ter um emprego fixo.
4) Inclusão de pessoas com deficiência
As plataformas oferecem uma oportunidade de inclusão das pessoas que precisam trabalhar de casa porque tem dificuldades de locomoção.
5) Formalização e segurança
As plataformas oferecem profissionalização do trabalho, segurança para quem contrata e para quem entrega. Pois o pagamento é feito através dela somente quando for avaliado pelo usuário.
Veremos cada vez mais oportunidades de trabalhar com flexibilidade, podendo escolher onde, quando e como se deseja trabalhar. Veremos, sim, um futuro de oportunidades de trabalho, mas não de empregos.
E, para isso, nós precisamos ser protagonistas de nossas carreiras e da própria trilha de aprendizagem. Precisamos ser ágeis para adquirir novas habilidades e competências que nos permitam ampliar oportunidades de gerar renda, crescimento profissional que vão além de um trabalho tradicional.
DANIELE HORST é fundadora da Trabalhos Flexíveis e pesquisadora do Futuro do Trabalho. Foi executiva por 20 anos em bancos e multinacionais nas áreas de negócio, desenvolvimento de produto, produto, marketing e digital. Formada em Administração de Empresas na FAAP, tem MBA em Gestão Estratégica na FGV, mestrado em e-Business na Middlesex Business University – Londres e estudante das plataformas Coursera, Udacity, Udemy.
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