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O poder feminino de mãos dadas com a liderança no pós-pandemia

O poder feminino de mãos dadas com a liderança no pós-pandemia

Precisamos da evolução da liderança, interdependente, autônoma e compassiva. O poder feminino tem muito a contribuir.

Que tudo mudou já não é mais novidade… Sabemos que, com a chegada da tecnologia, das redes sociais, da era da informação, passamos a viver na sociedade do conhecimento.

Nela, organizações são ecossistemas em transformação, com decisões descentralizadas.

Estamos na era de transformações, com ciclos cada vez mais rápidos e contínuos em escala global.

Vivemos um cenário de incertezas, imprevisibilidade e complexidade crescente. 

Com o cenário de pandemia de medo, pânico, ansiedade e insegurança, intensificou-se a necessidade de ampliar competências comportamentais de liderança. 

Mesmo que ainda pouco explorada, a liderança já deveria ser a grande articuladora para tratar de temas complexos de forma criativa e intuitiva.

Tudo isso usando um processo de inteligência coletiva baseado no talento das pessoas. 

No momento, além da busca por resultados, a liderança é responsável por manter equipes psicologicamente seguras e resilientes.

Isso porque essa é uma habilidade fundamental para enfrentar qualquer cenário incerto e complexo com tranquilidade e saúde mental.

A liderança desta evolução será compassiva, capaz de transcender o seu eu e interesses pessoais para incluir o outro nesta grande transformação. Será uma liderança que inspira e promove um ambiente seguro.

“Quando nos identificarmos com a Humanidade, nós cuidaremos da humanidade. O líder compassivo tem a capacidade de ter essa visão sistêmica e integrada” — Ligia Costa

Liderar com compaixão é um novo formato de liderança que transcende o modelo convencional.

É liderar não apenas pela cabeça, razão, poder ou ego. Mas também envolver o coração, a alma, a intuição, a colaboração e a interdependência na sua gestão. 

“A liderança compassiva compreende que tudo faz parte do todo e que os resultados da sua equipe são parte do seu resultado. É um olhar mais humano e altruísta, compreendendo que o seu papel de líder é estar a serviço para que sua equipe seja psicologicamente segura e atinja resultados de alta performance.” — Ligia Costa

Liderança compassiva é de dentro para fora

A liderança compassiva terá que se conectar consigo própria, fortalecer a sua presença e autoconfiança.

Somente a partir deste lugar você ser capaz de oferecer o seu melhor para sua equipe. 

É uma mudança de comportamento onde se lidera “de dentro para fora”. Liderar a partir da atenção plena, da escuta, do diálogo e da colaboração para obter mais satisfação, confiança, alta performance e uma gestão mais humanizada.

A liderança precisa flexibilizar-se para navegar entre as polaridades e acessar o seu poder feminino.

Estou falando de equilíbrio de energias e não de disputa de gêneros. O futuro da liderança tem que ter força, mas tem que ter love and care.

Pense em Hitler, tinha força e liderança masculina que colocou em risco a humanidade. Pense em Gandhi, Mandela, Lincoln: eles conseguiram combinar a força com o amor e o cuidado.

A liderança compassiva com o poder feminino, neste momento, precisa acionar Shakti, a sua fonte infinita de energia criativa e inteligência amorosa.

Nilima Bhat, autora do livro ‘Liderança Shakti’, traz o olhar e a importância do equilíbrio das energias masculinas e femininas nos ambientes de trabalho.

Segundo Nilima, Shakti, é o poder da criação, de amor que alimenta todas as criações e que dá vida à consciência. É você, independente do seu gênero, acessar o seu poder pessoal, a sua fonte infinita de criatividade e ser fiel a ela. 

O poder feminino nas novas lideranças

A nova liderança precisa ser alquimista corajosa para saber navegar nesse ambiente volátil, complexo, ambíguo e incerto.

Destemida, este liderança precisa alimentar a sua autoconfiança, presença, plenitude e congruência para criar um ambiente psicologicamente seguro em suas equipes, o que fomentará a confiança:

A liderança consciente deve transcender o SELF (EGO), ser menos de você e adicionar aspectos da energia feminina. 

“O líder que neste cenário de crise que se utiliza da força e do medo para lidar com a sua equipe para seu benefício não é um líder, é um tirano”. — Ligia Costa

A liderança compassiva é aquela capaz de “puxar a fila”, que leva e orienta as pessoas a conquistarem um lugar melhor.

Raj Sisódia, autor do livro ‘Capitalismo Consciente’, fala de um novo estilo de liderança que deixa de ser menos voltado ao indivíduo. Ele fala sobre o acrônimo SELFLESS. 

Ampliarmos o SELF (menos força, entusiasmo, visão de longo prazo e flexibilidade) para adicionarmos o LESS (amor e cuidado,  Inteligência Emocional, Sistemas Inteligentes, Inteligência Espiritual):

S = Força

E = Entusiasmo

L = Visão de longo prazo

F = Flexibilidade

L = Amor e Cuidado

E = Inteligência Emocional

S = Sistemas Inteligentes

S = Inteligência Espiritual

A chave está no equilíbrio

A liderança compassiva é uma liderança capaz de ativar as energias femininas e masculinas, integrando-as para navegar entre as polaridades para tomadas de decisões. 

“Imagine dentro de um hospital, ambientes hostis e acolhedores (hospital – médico é acolhedor, utiliza-se da energia do feminino para cuidar e servir. Como levar para o ambiente corporativo esse olhar e energia em momento de demissão, de comunicação de redução de quadro, de mudanças estratégicas – fazer o que precisa ser feito, mas olhar paras dores e medos, entendendo que existe um ser humano igual a você!”.

“Presença, autoconsciência e inteligência emocional podem ser treinadas e desenvolvidas a partir do momento que você se conecta com o seu propósito e assume o protagonismo da sua liderança” — Ligia Costa

Basicamente, precisamos reequilibrar a sociedade e a visão de mundo que foi construída por homens.

Neste momento de crise, estresse, de gestão de emoções e cenários de insegurança que estamos enfrentando, com doenças, pandemias, instabilidade econômica, precisamos dar ainda um passo além.

Liderar com amor

Precisamos incluir o AMOR no estilo de liderança. Mais uma vez falo da ascensão do poder feminino.

Incluir o amor em nosso estilo de liderança. Amor ágape, conforme descrito por James C. Hunter em ‘O Monge e o Executivo’, é você ser capaz de incluir no seu estilo de liderança:

Paciência autocontrole e autoconsciência;

Bondade em oferecer sua atenção, apreciação e cuidado em como agimos com os outros;

Humildade em ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância. O líder focado no EU é egoísta, egóico, busca pelo poder, status, acredita saber tudo e não aceita errar. Não permite o seu crescimento, nem ser vulnerável;

Respeito tratar as pessoas como se elas fossem muito importante, e elas são seres humanos iguais a você; 

Generosidade em elogiar, sentir pertencimento, gratidão pelo outro, valorização do trabalho; 

Perdão ao compreender que pessoas não são perfeitas e que não necessariamente a atitude do outro tem a intenção de agredir você, talvez o seu Ego acredita nesta hipótese; 

Honestidade, ser livre de engano, confiança é construída pela honestidade, em falar a verdade, seja boa ou ruim. Ser transparente, não discutir sem o objetivo de encontrar respostas e soluções positivas, fazer intrigas é ser desonesto;

Compromisso em ater-se a sua escolha; 

Abnegação em satisfazer a necessidade do outro.

Do ego à alma. Do poder à contribuição. Da simpatia à empatia. Da desconexão à confiança.

A liderança compassiva precisa utilizar-se e não ter medo de navegar entre as polaridades do poder feminino para co-criar com uma visão sistêmica impermanente com foco no desenvolvimento de sustentabilidade dos negócios.

O futuro da liderança está na evolução do humano e nas relações baseadas em amor.


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