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Multipotencialidade: a sua verdade não precisa ter um rótulo

Multipotencialidade a sua verdade não precisa ter um rótulo

Quantas vezes você se questionou sobre quem é você e o que você faz? Quantas vezes você já se questionou o que vem primeiro. Sou filho ou pai? Sou professor ou amigo? Sou cientista ou atleta? Como separar tantas habilidades e tantos conhecimentos?

Por que é tão sofrido compreendermos nossa multipotencialidade, nossos múltiplos papéis e ainda nos conformarmos e talvez nos reduzirmos a apenas um único rótulo? Hoje, compartilho com você o relato de uma super amiga e parceira de vida que escolheu ser fotógrafa. Quer saber mais?

Quem é Mika Amato

Por que escolhi ser fotógrafa?

Sempre acreditei que todos os dias podemos e devemos aprender algo. E tudo aquilo que aprendemos pode e deve ser repassado. Como uma grande bola de neve, nosso conhecimento pode se ampliar, a partir do momento que encontra outro.

Acredito que não exista ser humano que não seja capaz de aprender ou ensinar. Foi numa dessas experiências, onde achei que estava ensinando, que aprendi algo importantíssimo. Alguém perguntou: alguma vez o cliente pediu para saber qual equipamento você usa?

Muitas coisas se passaram na minha cabeça, mas a resposta veio em forma de outra pergunta: por que eu existo como fotógrafa?”

Se hoje todos conseguem tirar 200 fotos com o celular em 1 hora, se qualquer um pode ter um equipamento igual, ou melhor, para que vão me contratar para fotografar?

Ai surgiu uma primeira resposta

Pelo meu olhar e pela técnica que aprendi ao longo desses anos. Ok, isso é super válido, mas igualmente vago, pelo menos para mim. Acho que a técnica é algo que se pode aprender facilmente, basta dedicação e interesse.

Já o olhar vamos deixar para depois.

O ponto de interrogação gerou um incomodo, me fez ver o quanto eu preciso da fotografia e como ela precisa de mim.  É uma retroalimentação. Multipotencialidade

No mesmo momento dessa dúvida, uma amiga sentou-se eu meu lado, olhou uma foto que eu estava tratando. Nessa foto, havia uma garrafa de refrigerante sob a mesa. Nesse mesmo instante, ela começou a narrar como eram as festas na sua casa, tudo no mais fino detalhe. Cor da toalha, local da mesa, as pessoas, roupas, garagem, gelatina, pipoca, brigadeiro, brincadeira, corda. Eu fiquei tentando imaginar aquele local, as pessoas e a cena.

Eu não saberia dizer se o que imaginei estava de acordo com o que foi o momento para ela, mesmo com todos os detalhes da descrição. E eu só comprovaria essa experiência, se eu olhasse aquela imagem.

Caramba! Como num passe de mágica (ou melhor, muitos pensamentos), descobri o que eu sou.

Eu sou…

Eu sou o segundo que acabou de passar. Eu sou a chance da mãe ou pai estarem 100% presentes, sem que se preocupem em registrá-lo.

Eu sou quem oferece um momento que talvez tenha se perdido na correria do dia-a-dia.

Eu sou uma experiência, eu sou a chance de um carinho com atenção.

Eu sou a chance de uma brincadeira livre e despretensiosa, eu sou as duas horas que vocês vão sentir que tudo valeu a pena até aqui.

Eu sou o olho no olho que dá a certeza de um amor, eu sou o cheiro no cangote e a mordida no pé.

Eu sou um pulo, uma corrida e a descoberta de um lugar novo.

Eu sou…

Eu sou a multipotencialidade do detalhe, o toque, o beijo, o silêncio, a espera, a respiração.

Eu sou a contemplação da mamada, o esforço de engatinhar, a cocegazinha, a disputa da mãe, a força do pai, a vergonha do pai, a felicidade da mãe, o orgulho do pai.

Eu sou a imaginação do novo, a espera do bebê, o detalhe da organização, a desorganização do novo.

Eu sou a hora do parabéns, o abraço dos avós, a reunião da família, a bagunça da criançada. Eu sou a primeira experiência na casa de Deus.

Eu sou a descoberta do quanto sou bonita, eu sou a concretude da família, o pertencimento, o núcleo.

Eu sou o orgulho dos meus, da responsabilidade e do agradecimento pela vida.

Eu sou tantas possibilidades  e posso ser tantas outras, que até me esqueci que sou só fotografa.

Eu sou quem te proporciona isso e deixa você viver e nunca mais esquecer.

Ah claro, o olhar! Sim, o olhar….

Vamos falar do olhar numa outra vez?

Mika Amato – Fotógrafa de essência

Conheça mais o trabalho da nossa BE THE CHANGE PEOPLE Mika Amato no site http://mikamato.com/ ou no Facebook: https://www.facebook.com/MikamatoFOTO

E você? Topa me dizer quem você é, qual é a sua multipotencialidade?

Antes de ir embora, deixe seu recado aqui para a MIKA.


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Ligia Costa

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